A ciência diz que os acontecimentos que estão em sincronia comigo variam com a distancia a que estão de mim e da velocidade a que eu vou. O tempo é relativo.
A ciência diz que as particulas sub-atomicas não têm velocidade e posição definidas. São, até ao momento em que algo as obrigue a definirem-se, uma onda de probabilidade. Não é apenas não podermos saber. São mesmo uma onda de probabilidade.
No mundo sub-atómico, a "localidade" não é como aquilo a que nós estamos habituados. Há certas coisas que não dependem da distancia a que estão uma da outra. Particulas emparelhadas portam-se como se estivesse ligadas mesmo quando afastadas de quilometros. Einstein chamava-lhe "acção fantasmagórica à distancia". Em artigos sensacionalistas chamam-lhe teleporting.
Existem teorias cientificas que sugerem que o universo tenha mais de 4 dimensões. Bastante mais, como na teoria das cordas.
Estão descritos microorganismos que vivem debaixo do solo e se alimentam da radioactividade natural do ambiente.
A afirmação que o stress diminui a eficácia do sistema imunitário é uma afirmação cientifica. E que pessoas deprimidas vivem menos também.
A ciência diz que o efeito placebo é real, apenas é muito mais dependente da pessoa do que de um efeito especifico do medicamento. Ou da percepção desta, uma vez que se sabe que placebos mais elaborados e mais caros são mais eficazes.
E ainda me vêm dizer que a ciência não pode explicar isto ou aquilo porque é naturalista? Eu chamo a isso aversão ao conhecimento. Cientofobia.
2 comentários:
Algumas pessoas usam a seguinte fórmula:
- isto é naturalismo! Não pode explicar tudo!
Mas o que elas deixam de analisar é que a ciência tem um foco interessantemente definido e que trabalha com coisas fenomenicamente possíveis.
Assim não vejo problema para a ciência quando usam a formula geral (é naturalismo!) para criticá-la.
Devemos levar em consideração a importante empreitada humana que é a ciência, como afirmo em meu blog (arnaldo.networkcore.eti.br): expicar as coisas do mundo com caracteres fenomênicos do mundo. E isto é uma coisa muito grande de se fazer.
Arnaldo.
Arnaldo. Exacto. Não pode explicar coisas que não acontecem ou que nem indiretamente formam factos.
Potencialmente o alcance é enorme.
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