quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Climategate IV

O mês passado a "Nature" publicou um artigo onde refere que não encontrou procedimentos incorretos nos trabalhos por si publicados sobre as alterações climáticas e que eram referidos nos emails roubados da universidade de East Anglia.

Lembra nomeadamente que o muito falado termo "trick"  é usado muitas vezes para descrever um procedimento legitimo. 

Adianta que existem inúmeros outros fenómenos, bem documentados, que suportam uma teoria do aquecimento global, como a subida do nível das aguas, a precocidade das estações em relação ao passado recente e a diminuição das massas de gelo ou permafrost.

Faz uma crítica aos obstáculos que existem na averiguação e disponibilização dos dados, mas nota que são um problema alheio aos investigadores. Espera o autor do artigo que o presente fenómeno sirva para aligeirar as restrições existentes na propriedade da informação - que pertence a quem colheu.

Por não ter nada a acrescentar, faço apenas um sumário das conclusões da Nature, que aliás ja eram as mesmas a que tinha chegado. Infelizmente, porque qualquer suporte que esta teoria tenha que aponte para que seja apenas uma fabricação de gente maldosa é infundada. 

Provavelmente os cépticos do clima manterão as suas acusações, mas não fazem mais do que tentar aumentar o grau de incerteza na teoria do aquecimento global antropogenico, não apresentando nenhuma teoria bem sustentada eles próprios. 

A explicação mais simples para os fenomenos conhecidos ainda é que o aquecimento global está em curso e que o homem é responsavel.

O artigo da "Nature" relembra mesmo que os modelos matemáticos executados com o CO2 fixo (sem aumentar a concentração atmosférica) não funcionam.

Ver aqui:

http://www.nature.com/nature/journal/v462/n7273/full/462545a.html


1 comentário:

Barba Rija disse...

A Nature não encontrou erros na sua conduta. Numa outra notícia não relacionada, Sócrates desmente que tenha feito qualquer acção pouco ética.

Todo o artigo é uma colecção de red herrings para a questão central, que é a opacidade e describilização de muita ciência climatológica. O artigo é feito para aqueles que negam que a Terra é mais velha do que 6 mil anos, ou soa como tal...


Entretanto, artigos interessantes com pessoas realmente ligadas ao campo, surgem, enquanto o Met Office já decidiu refazer todo o histórico de temperaturas mundial seguindo uma ideia de transparência, acessibilidade, etc., etc.

Ler este artigo que é bem mais interessante do que o costume PC:

http://curry.eas.gatech.edu/climate/towards_rebuilding_trust.html