quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Os modelos climáticos são fiaveis?

A maioria dos estudos que encontrei diz que sim. Mas sempre com uma margem relativamente larga de erro (1). São resultados probabilisticos que tentam prever tendencias para o futuro, num quadro que envolve muitas variaveis, e ainda muitas icognitas. Não vejo no entanto justificação para a afirmação que não têm utilidade nenhuma.

E começamos por aí:

Um estudo recente de Mckitrick e McIntire, deste mês -  uma meta-analise de 23 modelos -  entre os quais modelos usados pelo IPCC no 4 relatório (o 5º ainda vem a caminho) , conclui que estes não são capazes  de explicar os dados reais de temperaturas tropicais na troposfera baixa e média (2) já observados.

Este é o processo pelo qual se podem validar modelos climáticos. Em vez de pormos o modelo a "prever o futuro" ( que não sabemos) pomos o modelo a ver se consegue descrever aquilo que nós ja sabemos que aconteceu. E para o aglomerado destes modelos, segundo este artigo, tal não acontece. Os erros são acima dos 99% de margem toleravel.

Este artigo vem responder a um de Santer que respodia a um de Douglass que concluia que a modelização do clima era ineficaz. Estão portanto em causa praticamente os mesmos modelos desde o principio, com pequenas variações. E as temperaturas superficiais batem certo, o que não bate, dizem Mckitrick e McIntire, são as temperaturas para o ar em altitude. O debate entre estes dois grupos, e com o derrame de pormenores menos esteticos nos mails do climategate, é tão cerrado que parece que toda a climatologia gira à volta deles e do que eles dizem.

Existem no entanto publicados em 2008 metaestudos (3) que dividiram os modelos por geração, isto é, por "modernidade" e concluiem que não só os modelos são fiaveis, como são cada vez mais fiaveis. Este estudo não vem no entanto referido neste trabalho de Mckitrick. Mas tem eco nas coclusões neste outro estudo deste mês intitlulado "revisão da geração actual de modelos quimico-climaticos da estratosfera (ainda mais acima que troposfera) e associados "forcings externos" (4).

E se o estudo de McKitrick e McIntire aponta para que os modelos avaliados falhem por excesso, a verdade que temos de ter em conta é que os modelos tambem podem falhar por defeito.

O ano passado num estudo de Ronald Prinn publicado na Journal of Climate em que um modelo foi corrido 400 vezes e só se aproveitaram as vezes em que o resultado para o passado estava de acordo com o observado, as previsões dadas eram para um aumento pior do que o previsto até agora. Este modelo é diferente de todos os anteriores por incluir tambem alterações na actividade humana e as suas repercursões no clima.

O metaestudo de M&M para os curiosos, foi feito correndo cada modelo entre 1 e  7 vezes.

De resto, existem modelos bem sucedidos desde 1998 quando Jim Hansen  da Nasa apresentou perante o cenado uma projecção com 3 cenários (A,B e C) . O cenário B ficou muito perto do verificado. Anos mais tarde essa apresentação seria desonestamente criticada por se pretender que so tinha o cenário A (5).

Em conclusão, penso que se em termos de promenor, não há, nem provavelmente nunca haverá modelos climaticos rigorosos, considerar que TODOS os modelos estão errados, para lá do erro aceitavel, é um abuso. Porque isso não é o que os estudos actuais apontam.

Quanto à ausencia de modelos fiaveis por em causa o aquecimento global tambem penso que é errado. Dada a ciência de base estar tão bem estabelecida, para que isso fosse posto em causa era necessário aparecerem modelos que explicassem o aquecimento sem recorrer a CO2 antropogenico.

Como curiosidade, o artigo de M&M aceita que exista uma tendencia de aquecimento global, mas deixa implicito (o que num artigo cientifico é bizarro, nunca tinha visto apenas a insinuação)  que o aquecimento não pode ser explicado pelo CO2.


O estudo (3) refere que a media dos resultados dos modelos é melhor que o resultado de qualquer modelo em separado. Embora eles não consigam explicar isto, penso que poderá vir a ser um indicador de como usar os modelos. Parece-me que no estudo do Ross Mckitrick eles não fazem isso com o seu conjunto de modelos. (parece-me) Fazem a diferença media dentro de cada modelo para a tendência observada e depois  fazem a média das diferenças assim obtidas nos vários modelos. (Não há aí um estatístico, não?)




(1)http://www.ingentaconnect.com/content/mksg/tea/2007/00000059/00000001/art00002 "although there is no detailed agreement between the simulated and observed geographical patterns of change, the grid box scale temperature, precipitation and pressure changes observed during the past half-century generally fall within the range of model results."
(2)http://rossmckitrick.weebly.com/uploads/4/8/0/8/4808045/mmh_asl2010.pdf
(3)http://findarticles.com/p/articles/mi_7476/is_200803/ai_n32270847/?tag=content;col1
(4)http://www.agu.org/pubs/crossref/2010/2009JD013728.shtml
(5)http://www.realclimate.org/index.php/archives/2007/05/hansens-1988-projections/

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Fine-Tuning na geometria.

Um post do convidado, Prof Dr. Hatumba Macatumba, licenciado em Hocus Pocus pela Faculdade de Ciências Paranormais do Murundi do Sul, mestrado em Quadratura do Circulo pela Universidade de Merna no departamento de Matemáticas Sobrenaturais e finalmente Doutouramento em Larvard em Energias Quânticas e Terapias Manhosas:

"Toda a geometria é derivada de o Granda Psiró ter criado o circulo para que possa existir o numero Pi. O Granda Psiró fez a circunferencia de tal modo que por maior que seja, se dividirmos o perimtro pelo diametro, dá sempre Pi. Se tivesse feito a circunferencia de outra maneira não dava Pi. Por exemplo, se o circulo não fosse redondo podíamos ter outro valor ao dividir o perímetro pela diâmetro.

E o diâmetro, que é uma linha recta que passa pelo meio da esfera, se não fosse recto também não dava Pi.  Experimentem fazer uma linha curva e podem comprovar no conforto do vosso lar esta pura verdade.

E foi isto que permitiu a Pitágoras desenhar um triângulo a modos que cada cateto ao quadrado mais o outro, fosse igual à Hipotenusa ao quadrado. Sem a linha recta que foi criada para tirar o diâmetro da circunferencia para achar Pi, nunca conseguiríamos desenhar um triângulo tão bem feitinho que a soma do quadrado dos catetos fosse igual à da hipotenusa. É que nem hipotenusa tínhamos. Quanto aos quadrados... Bem, vocês já estão a perceber, não é?

E Pi porque? Porque Pi contem em si toda a verdade. Sendo uma sequência infinita de algarismos em que nenhuma sequência é proibida, Pi tem algures na sua infinidade, todas as sequências possíveis de números. Portanto tem sempre uma sequência que pode descrever qualquer coisa, para qualquer codificação que seja feita para os seus algarismos. Portanto Pi, assim se prova, só pode ter origem inteligente. Senão como podia estar la tudo codificado? O código tem origem inteligente.

E assim se prova que Pi existe para criar vida. Porque o DNA também é um código e em Pi, algures, esta uma sequência que prevê a existência desse código.

E já agora queria mostrar também que a agua, fonte da vida, também depende da existência de Pi. Porque os poços são redondos e o volume da agua lá dentro mete um Pi algures. E sem volume de agua como é que matávamos a sede?

Mas o mais incrivel de tudo é a forma do poço se adaptar prefeitamente à forma da agua.

Que o Granda Psiró esteja convosco.

Professor Hatumba Makatumba"

Rezar é tão eficaz como a acupunctura. Talvez menos.

Como tratamento ou cura, rezar ou não rezar pela saúde dos outros, é igual ao litro.

Se os pacientes souberem que estão a rezar por eles, há uma ligeira melhoria do seu estado de espírito. Mas se não souberem, qualquer vantagem de ter alguém a rezar pela sua saúde é igual à de vantagem tantas outras medicinas alternativas que não se baseiam em "pressupostos naturalistas". Nada.

A esta conclusão chegou uma Cochrane review (1)  depois de analizar uma série de estudos em que crentes tentavam interferir no processo mórbido através da prece.

As Cochrane reviews são dos mais prestigiados meta-estudos que existem  e praticamente por si lançaram a medicina baseada na evidencia - que é o mesmo que dizer que as coisas têm de acontecer para dizermos se são verdade.  Um pouco fundamentalista, pois às vezes estes estudos ainda não estão feitos para coisas que têm bom fundamento cientifico e muito provavelmente funcionarão. Mas seja como for, é uma tendência boa na medicina em que substitui a autoridade de pessoas pela autoridade dos factos brutos.

Gastam-se recursos a fazer estudos mas depois podemos saber com o que se pode contar ou não.  Receitar uma série de coisas porque é tradicional ou porque a sumidade tal faz deixou de ser uma justificação capaz.

Na conclusão pode ler-se:
"Não estamos convencidos que mais estudos sobre esta intervenção devam ser realizados e preferiríamos ver quaisquer recursos disponíveis para este tipo de ensaios usados para investigar outros assuntos da área da saúde"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A "Fé Naturalista".

Os criacionistas argumentam frequentemente que acreditar na evolução, é consequencia de uma crença, equivalente à sua, no naturalismo.

Querendo com isto dizer que se não fosse isso, o criacionismo apresentar-se ia como uma explicação plausivel para a vida na terra.

Mas, para alem da síntese evolutiva moderna explicar muito melhor o que se sabe do que o criacionismo, o naturalismo não é uma questão de fé.

Não é tanto um pressuposto filosófico de que todos os fenómenos têm de ter uma explicação que não envolva a intervenção de Deus. É muito mais uma consequencia de se terem encontrado explicações simples e elegantes para uma data de fenómenos e tornarem o apelo ao milagre ou ao mistério desnecessário. Talvez seja mais bem referido como um príncipio que surge naturalmente do sucesso de não recorrer a entidades com intencionalidade própria.

Voltando à treta da "fé naturalista".
É como dizer que "é fé naturalista" dizer que foi o jogador X que marcou o golo, pois o movimento da bola não se deveu ao embate com o seu pé.  A bola iria entrar na baliza porque uma força subrenatural a levaria até lá.

Ou que cada vez que largamos uma coisa e esta cai para o chão dizer que é a gravidade é a tal "fé naturalista".

A única diferença, é que os exemplos que dei são aparentemente mais simples que a síntese evolutiva moderna, mas a questão é a mesma. Temos um mecanismo lógico completo e consistente, perfeitamente integrado com os conhecimentos científicos de outras áreas como a química, matematicamente descritível, e que é capaz de explicar mais factos que qualquer outro. Não é uma questão de fé. É uma constatação cientifica, justificada empiricamente, não só neste caso, mas em muitos outros.

Mesmo que a síntese evolutiva moderna não fosse o melhor modelo para explicar a biodiversidade e a melhor indicação de como surgiu a vida ( a partir de organismos mais simples), existem em muitas outras áreas indicações que o naturalismo é mais que um pressuposto. É uma abordagem comprovada.

Comprovada pelo numero de coisas que se passaram a compreender por ter deixado de atribuir a deuses ou duendes. E pelo numero enorme de campos de estudo que isso permitiu abrir.

Certo que dizer que é milagre pode ser tentador, tipo explicação instatanea e alegadamente intestável. Mas continuar a tentar por o criacionismo em pé de igualdade com o modelo evolutivo é dramaticamente incorrecto, para além de haver deuses ou não. Mesmo com deuses neste universo, o criacionismo precisa de dizer que uma data de coisas são como são porque deus assim queria como por exemplo:

- A datação radiométrica de fosseis coincidir com o que diz a geologia para a antiguidade do terreno e tipo de estrato.
- A datação radiométrica estar de acordo com as previsões para a antiguidade dos seres vivos feitas a partir da morfologia.
- A quantidade de mutações neutras aparecer em maior numero nos genes que se pensa serem mais ancestrais, como se se tivessem acumulado.
- O numero de mutações neutras dar uma historia da antiguidade compatível com a achada pela datação radiométrica.
- a gradação das espécies ser suave de umas para outras sem exemplos de quimerismo radical como morcegos com asas de aves ou mamíferos com guelras de peixe, etc.
- a existência de sinais quase inequívocos de readaptação de orgãos ou perda de função quase completa, como os olhos de peixes das cavernas ou os pés das baleias...

Sim, Deus pode ter feito tudo de uma só vez tal e qual como se o planeta tivesse apenas 10000 anos e de modo a parecer que a evolução foi um facto que demorou milénios. Pode. Mas isso é como dizer que deus participa numa conspiração fantástica contra o conhecimento humano. Mas ainda assim, o criacionismo continuava a não explicar então como raio conseguiram eles saber mais que o que Deus queria. E se é porque leram na bíblia então que método têm para saber o que de lá é realmente verdade e o que é que é estorinha.

Porque nem a Terra é plana, nem os morcegos são aves. Nem o incesto é uma solução viavel para a falta de diversidade genética causada pelo mau génio de deus.

E para isso é preciso ter fé. Acreditar em coisas para la de qualquer plausibilidade. Fé Naturalista? Chamem-lhe o que quiserem. Mas não confudam as coisas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Campanha "Questionem a Evolução".

Também através da Conservapédia, a tal "enciclopédia de confiança" descobri que os criacionistas estão a promover desde este mês a campanha "Questionem a Evolução".

E eu como bom céptico, insisto que o façam.  Mas não só à evolução .Questionem tudo o que tiverem tempo e paciencia. Informem-se. E depois questionem-se também acerca de todas as explicações imperfeitas que vão encontrare perguntem-se quais são as melhores.

Nomeadamente, não se esqueçam de questionar o criacionismo. E perguntem por exemplo que mecanismo existe na genética para que uma nova mutação não possa ser benefica. E depois, que mecanismo também existe  para que duas novas mutações neutras ou benéficas não se possam associar uma à outra. E acumularem-se ainda mais com o tempo.

E perguntem como sabem que a biblia é que diz a verdade. Foi deus diretamente? Ou, é porque é o que diz... A biblia?

E perguntem porque é que o rasto de mutações neutras que encontramos no DNA conta a mesma história que a forma fisica dos seres vivos e que por sua vez encaixa milagrosamente (pun intended) na historia que se obtem por datação radiometrica.

E ja agora... Quem é que disse que explicar que a complexidade do universo ficava mais simples se lhe dessemos intencionalidade? Não é a intencionalidade algo complexo so por si, que só vai complicar ainda mais as coisas? Um universo sem deus tem menos um berbicacho para explicar... Que é de onde veio deus, quem é, e porque raio tudo se passa como se ele não existisse desde o Big Bang.

Sou todo a favor por uma campanha para questionar seja o que for. Mas não paremos na evolução, porque haveriamos de o fazer?

Link para a campanha:

 http://creationstoreuk.s3.amazonaws.com/infobytes/209_US_questionevo/209_US_questionevo.html

Conservapédia contra a teoria da relatividade.

Na conservapédia, sub intitulada "a enciclopédia de confiança", existe uma pagina que traduzida se chama: "contra-exemplos para a relatividade". Estão-se a referir à teoria da relatividade de Einstein.

Dizem assim logo de entrada:

"A teoria da relatividade é um sistema matemático que não deixa lugar a excepções. É altamente promovida por liberais que gostam do seu encorajamento ao relativismo e à sua tendencia para desorientar o modo como as pessoas vêm o mundo. Aqui vão 48 contra-exemplos e qualquer um deles é suficiente para provar que  a teoria é incorrecta."

Indiferentes ao facto de a dita teoria acertar previsão atraz de previsão e do seu grande problema ser a compatibilidade com a mecanica quantica, eles lá pôem uma lista. Naturalmente não vou traduzir todas, apenas fazer o meu top 5.

1 - "A falta de curvatura observada no espaço em geral". - Que querem dizer com isto? Que não vêm a curvatura com os olhos? Como quem consegue ver o próprio espaço? Podem no entanto sentir a gravidade. É a tal curvatura.
2- "A acção à distancia de Jesus tal como descrita em João 4:46-54 "- Pronto. Tinha de ser. Jesus cura uma criança à distancia mais rapido que a luz (eles na época tinham instrumentos formidaveis para saber essas coisas) e prova assim que a relatividade tem de estar errada. Naturalmente que nem deus pode violar leis da fisica, mas... Não será que...  Tal milagre é apenas uma coisa metafórica... Ou mesmo treta?
3- "A falha em descobrir os gravitões, apesar do gasto do dinheiro dos contribuintes." - Amigos... Se querem uma enciclopédia digna de confiança não podem argumentar à criacionista. O gravitão é uma previsão do modelo padrão. Não da relatividade. Essa diz que a gravidade é a curvatura do espaço... Ts, ts.
4 - "A mudança de massa de um kilograma-padrão preservado em condições ideais". - Que malandro, hã! Nós com tanto cuidado e o gajo tinha uns isotopos radiactivos que decairam em energia e perdeu massa.
5 - "A falta de aparelhos uteis baseados na teoria (...)"etc. - O G.P.S.. É necessário recorrer à relatividade para por aquilo a funcionar.

E a menção honrosa:

"No génesis é nos dito que deus criou um firmamento nos céus. Isto devia estar-se a referir ao éter [luminifero, refutado pela teoria da relatividade]"

Nota:

O movimento de Galilieu ja era relativo. Galilei observou que o movimento dos corpos so fazia sentido se fosse considerado de uns em relação aos outros. Galileu notou ainda que não sentia movimento se estivesse de olhos fechados num barco que se deslocasse em mar calmo.  Aí está o principio da relatividade.

Einstein tornou o tempo e o espaço em si relativos um ao outro. Mas o espaço-tempo permanece um conceito absoluto. Einstein nem apreciava muito o termo teoria da relatividade.

Via "New Scientist"
Aqui:

http://conservapedia.com/Counterexamples_to_Relativity

Quadro sobre as medicinas alternativas e complementares


Necessita de novas entidades
Para explicar a
Sua actuação.
Utiliza conceitos da sua exclusiva criação.
Procura enquadramento na medicina baseada na evidencia.
Efeito placebo.
Tem um mínimo de evidência cientifica

Grau de Risco activo para o paciente
Reiki


Sim, o Ki
O ki, a transferência de energia presencial e à distancia
Não.
Os estudos
Efectuados até agora sugerem que não tenha sequer efeito placebo.
Não. Estudos efectuados sugerem total ineficácia. Representa
Um universo com leis diferentes da do nosso.
Baixo*
Homeopatia

“miasmas”
Sim: Teoria das diluições infinitesimais,
Memoria da agua; toda a base terapêutica
Procura no sentido comercial apenas. Não lhe é possível unificar as suas teorias com as da ciência.
Sim, verificado em alguns ensaios clínicos
Não.
Baixo*: se se restringir à sua própria teoria é apenas agua
Quiropractica

Sim, o conceito de subluxação 


Sim: Relação das articulações e coluna com o corpo como forma de explicar a doença. Rejeita a vacinação.
Sim, têm sido feitos esforços para se tornar numa terapia complementar embora esta designação seja do desagrado de muitos Quiropracticos.
Sim, há estudos que relatam melhoras semelhantes ao placebo.
Não, resultados não apontam no sentido de eficácia consistente.

Disputado: por ex: alguns problemas de coluna graves



podem agravar-se sob quiropractica
Acunpunctura
Sim o Qi
Sim, pontos de acunpunctura e teoria não são compatíveis com a fisiologia
Não, apenas casos individuais.
Melhor que placebo em alguns ensaios.
Consenso de eficácia comprovada apenas na analgesia. Mecanismo não esclarecido.
Baixo*
Phytoterapias e Ayurveda
Sim para Ayurveda


A procura de princípios activos em plantas foi o principio da farmacologia convencional
Sim para ayurveda
Sim para ambas
Variável,estudos mostram resultados  pouco promissores - Poucas ervas por descobrir e testar.
Variável:

Ervas têm principios activos, é um facto.

Muitas no entanto não fazem nada. 
Existente mas variável, tanto na gravidade como na frequencia.

Existem pantas com principios activos fatais em pequenas doses

  
































































 * Todos os factores que levem a atrasos de diagnóstico e a implementação de terapia adequada são potencialmente graves ou muito graves.

Este quadro foi feito para acompanhar o texto deste post:
 http://cronicadaciencia.blogspot.com/2008/10/medicinas-alternativas-e-as-outras-uma.html

Crónica de uma duvida relativa

Existe um todo, infinito, incompreesivel, onde toda esta a acçao decorre. Quer lhe chamem universo, ou outro nome qualquer, quer haja varios universos ou nao, existe um todo... Algures nesse todo, estão concentrados num ponto,( quero dizer, pelo menos num), galaxias, sistemas solares, estrelas, planetas, buracos negros, cometas, e provalvelmente entre poeiras e gases, uma serie de outras coisas que nos ainda nao compreendemos. Num desses planetas estamos nos. E agora vou tentar simplificar as coisas. Existe o universo, depois galaxias, depois sistemas, depois planetas, e num a que chamamos Terra, num sistema a que chamamos Solar, apareceu uma coisa que nem aqueles que a possuem a compreendem. Mas chamamos-lhe vida. E o que é certo, é que um bom bocado depois de aparecer vida neste planeta, apareceu uma especie que achou, e acha que é o centro deste universo. Nao vou dizer que esta enganado, vendo bem as coisas, por mais que essa especie se esforce, o seu ponto de vista tera de ser sempre o mesmo. Mesmo que abandonemos este planeta, mesmo que consigamos deixar para traz todos os nossos preconceitos, nunca deixaremos de ser humanos. É nos imposto sempre um ponto de vista humano. Mas nao façamos grande coisa desse ponto de vista. Como ja disse, existe um universo, tentemos nao esquecer isto. Ele estava ca antes de nos, ele inclui-nos a nos, e muito provavelmente ha-de ca ficar depois de nos partirmos. Agora gostava de poder fazer o convite de olhar para  nos do ponto de vista do universo, mas tal não é possivel. A questao nem é que seria sempre o nosso ponto de vista sobre o ponto de vista do universo. A questao é que este universo, nao tem um ponto de vista. Ele é, ele esta, ele (ou devo dizer nele?) acontece. Mas ja que nao nos é possivel ter o tal ponto de vista absoluto, e visto ele nem existir, escolhamos um relativo. Onde? Qual? E se fossem tantos quantos nos fossem permitidos compreender simultaneamente? Bem, as coisas assim complicam-se...
Vamos começar de novo, mas deixemos o universo em paz. Vamos so pensar neste planeta azulinho a que chamamos Terra. Nao preciso lembrar a diversidade de coisas que ai podemos encontrar, é de tal modo impressionante a esta tal especie de que vos falei, que ela pensou um dia ser a Terra o centro do universo. Isto já depois de compreender que o universo nao era ela propria, nem que ela nao era plana. Mas nao interessa. Onde quero chegar é que no meio desta confusao, existe esta especie, nos, os humanos. E segundo um de nos, pensamos e existimos. E ha quem acredite que o universo foi criado apenas para suportar a nossa existência. Como se em vez de nos termos adaptado ao universo, tenha sido ele que se adaptou a nós. De qualquer modo este assunto fica para mais tarde. Onde quero chegar é que existe o universo, e num pontinho algures no meio da coisa, a especie humana. E agora, se conseguirmos ver para alem do mito do homem, e do seu antropocentrismo, a historia começa. E a historia começa com o homem. E com ele, as suas grandes criações, a saber: A Arte, a Filosofia, e a Ciencia. E caso o leitor tenha estado de acordo comigo até agora, entao talvez o meu ponto de vista tenha algum valor, e eu sinto-me tentado a continuar. 

Não é a certeza que move a arte, a ciência ou a filosofia. É a duvida e a procura. E a honestidade de aceitar o que se encontra.


PS: texto escrito muitos anos (10?) antes de iniciar este blogue. Mas o convite está de pé. :)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O aquecimento global é ou não um facto?

Sim, é um facto. Na realidade mesmo uma grande parte dos "cépticos" não discorda neste ponto. Apenas sugerem que há outras causas que não a humana ou que não há problema em deixar aquecer.

Em relação às razões pelas quais podemos saber que o CO2 na atmosfera tem origem humana já tratei no post de ontem e a razão pela qual podemos dizer que o CO2 é o responsável mais plausível para o aquecimento global referi ja em vários outros posts. Um resumo fica para outro dia.

Para já é só sobre o facto do planeta estar a aquecer. 

Em imagens:

Gráfico do aumento das temperaturas superficiais desde 1880 a 2008, na terra, oceano e misto, para o mês de Junho. 

E um que compara a média de 1961 a 1990 com o passado mês de Junho:


Notar que o periodo de tempo de onde se extrai a média para Junho já é pós aquecimento global. (a)


Ler mais aqui:



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O CO2 é bom para as plantas?

Vamos começar por falar um pouco do ciclo do carbono, e ja lá chegamos. É preciso.

A quantidade de CO2 na atmosfera também resulta, tal como no caso do oxigénio – e em interação com este - de um equilíbrio entre o que é produzido e o que é consumido (ou retirado da atmosféra). Não é uma coisa estática.

Num esboço rápido podemos dizer que plantas e algas convertem o dióxido de carbono em glicose e agua durante o dia, e os animais e outros seres vivos aeróbios, libertam-no o tempo todo. Há ainda a fixação de CO2 pelo mar e reservas enterradas debaixo do solo como o petróleo, cuja fixação se deu há milénios atras. A quantidade que é absorvida pelo mar é sensivelmente a mesma que é fixada pela biosfera.

O equilíbrio da concentração deste gás na atmosfera antes da revolução industrial era nas cerca 280 partes por milhão e agora está nos cerca de 390 ppm. A principal razão foi termos começado a tirar carbono desses reservatórios subterrâneos e voltado a polo na atmosfera. Como sabemos isso? Por três razões:

1 – pelas variações das concentrações dos isótopos, o que sugere a entrada de “novo carbono” no ciclo (a).
2 – o decréscimo paralelo das concentrações de O2 – diminuiu de acordo com o previsto para a combustão de recursos fosseis com o petróleo.
3 – sabemos que os valores de CO2 na atmosfera estavam estáveis há milénios antes da revolução industrial, altura em que começamos a queimar combustível e a transformar florestas em pasto. Ou seja, temos um aumento, temos uma fonte, é difícil dizer que não é da fonte que vem o aumento.

Há ainda a acrescentar, no contexto de um aquecimento cada vez menos plausível de negar, a libertação de CO2 que esta preso em grandes massas congeladas - permafrost. O aumento da temperatura também diminui a capacidade de dissolução de gases na agua por isso é de esperar que o aumento da temperatura do mar vá contribuir para o aumento de CO2 na atmosfera, não porque este deixe de captar totalmente CO2 mas por começar a faze-lo mais lentamente. Quanto é difícil de prever porque há mecanismos compensatórios difíceis de contabilizar totalmente. Mas estamos tão longe de um ponto de equilíbrio que estes mecanismos dificilmente conseguirão fazer alguma diferença:
Neste momento estamos a produzir mais 80% do CO2 daquele que é consumido por todos estes processos.


Voltando às plantas, é de notar aqui que não só elas consomem CO2 na fotosintese como o CO2 é usado até 1000ppm em estufas para aumentar o seu crescimento. É por isso possivel prever um mecanismo de feed-back negativo que leve a diminuição de CO2 se essas plantas encontrarem as condições nesseçárias para se desenvolverem - uma vez que mais CO2 e mais crescimento também implica necessidade de mais nutrientes como o azoto. Há ainda a possibilidade do azoto vir do mesmo sitio de onde vem o excesso de CO2, ou seja, dos combustíveis fosseis, e equilibrar as maiores necessidades, mas isso não se sabe com rigor. Também ainda não se sabe com rigor em termos de valores como funciona esta relação do azoto (N) com o dioxido de carbono em termos de ideal para para as plantas. Mas na melhor das hipoteses, apenas resolvermos o problema das necessidades de azoto.

As plantas têm ainda necessidades especificas de temperatura e humidade (e de uma relação ideal entre estas para cada especie) que são coisas que estão em causa precisamente pelo aumento do CO2.

O efeito de estufa não é um ponto de controvérsia frequente uma vez que é um facto estabelecido à centenas de anos, desde o tempo de Napoleão, por Fourier. A previsão de que iria aquecer o planeta, mudando o equilíbrio entre os infravermelhos que são absorvidos e os que voltam para a atmosfera, é que nunca se pensou fazer para ver se acontecia. O problema é que está a acontecer.

Não sendo o único nem o maior contribuir para o efeito de estufa, o CO2 é no entanto o gas com esta particularidade que esta a aumentar mais depressa a sua concentração na atmosfera. Por isso é lhe apontado o dedo com mais frequência. E com mais razão.


Sem a introdução do efeito de estufa pelo CO2 nos modelos climáticos não se consegue encontrar outra justificação para o aquecimento global. E mais uma vez, temos uma causa e um efeito conhecido. Estar a dizer que é coincidência é uma afirmação injustificada. Não é apenas a correlação. É que há um mecanismo conhecido capaz de explicar a correlação entre o aumento de CO2 e a temperatura. É como fazer uma fogueira e dizer que o fumo que está a sair vem do chão abaixo da fogueira ou coisa do género.

E agora voltando outra vez atrás. Porque é que o aumento de CO2 não é benéfico para as plantas?

Porque o CO2 aumenta a temperatura indirectamente.

E porque este aumento de temperatura, que até pode ser bom para algumas plantas (ocorre-me que as plantas tropicais podem assim crescer na Gronelândia), não o é para todas. Muitas das plantas que cultivamos para alimentação sofrem um impacto negativo com o aumento de temperatura.

Tal com já tinha referido no post anterior, muitos (todos ?) parâmetros ambientais não são do género “quanto mais melhor”. Têm pontos de valor óptimos variáveis de espécie para espécie. Para além da menor agua disponível no solo, quer por haver menos chuvas quer por aumentar a evaporação, para além das maiores necessidades em nutrientes, muitas das plantas de cultivo, simplesmente, não gostam de temperaturas médias muito elevadas.

Este facto poderá ser em alguns casos compensado pelo efeito positivo do CO2, mas não como regra.

Por outro lado, o aumento previsto de condições extremas, com picos de temperatura, chuvadas e secas, vai causar danos em culturas.

Como tenho vindo a salientar, tudo depende dos valores que estamos a falar. De quanto é a temperatura? De quanto é a humidade do solo? Etc. No âmbito desta questão dos pontos de estabilização resumi algumas coisas no post sobre os alvos de estabilização (1).

Os modelos prevêem que o resultado final vá ser um aumento do custo de produção e da quantidade de produto agricula. Mas isto já está fora do ambito deste post que era apenas falar sobre o ciclo do carbono e a vantagem de alterar o ponto de equilíbrio da concentração para as plantas.

O que importa reter aqui, é que o dioxido de carbono (durante o dia) até pode servir de fertilizante, mas tem demasiados efeitos secundários para o considerar um “medicamento” seguro para administrar à escala mundial.


Fonte:
ISBN: 0-309-15177-5, 190 pages, 7 x 10, (2010)
This free PDF was downloaded from:
http://www.nap.edu/catalog/12877.html
Stabilization Targets for Atmospheric Greenhouse
Gas Concentrations
Committee on Stabilization Targets for Atmospheric
Greenhouse Gas Concentrations; National Research
Council


(1) http://cronicadaciencia.blogspot.com/2010/07/alteracoes-climaticas-impactos-futuros.html
(a) Na realidade esta parte é muito interessante. Como as plantas preferem C12 ao C13 e como o petroleo tem origem em plantas e algas, se mandarmos deste carbono para a atmosfera é natural que a relação entre C13 e C12 diminuia. E isso é o que se esta a passar. Aleém disso, através de arvores milenares podemos ter uma ideia da relação de C13/C12 através dos seculos. E o que encontramos é que começou a baixar mais rapidamente agora.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

De onde vem o oxigénio?

Resposta rápida: Das cianobacterias. Até as plantas lhes devem a sua capacidade de fazer a fotosintese.

Nos meus intercâmbios de informação com alguns dos "cépticos" do aquecimento global, deparei-me por mais de uma vez com a convicção de que o homem não tem a capacidade de alterar substancialmente o cenário ecológico em que hoje vivemos. Pareceu-me que esta crença era mesmo uma das razões bases dos que teimam em não admitir as consequencias dos nossos actos no ambiente.

Parecem acreditar que a Terra é uma fonte infinita de recursos, estável como uma pedra e imutável contra todas as alterações. Mas não é. E a vida sobre a sua superfície, mais que uma vez e em mais de uma maneira alterou o ambiente à volta. E o homem, quer pelos seus números populacionais quer pelos seus recursos é aquele habitante terrestre que tem de facto o maior potencial para causar impacto.Não estou a dizer que esse impacto é nesseçariamente mau. Isso cabe-nos em parte a nós escolher e dar rumo às coisas. Mesmo que não se faça nada diferente do que estamos a fazer, temos de admitir que isso é em si uma escolha.


Uma das maiores alterações que os habitantes da Terra lhe deram foi a sua atmosfera rica em Oxigénio. Aproximadamente 21%. Se tivermos em conta que o Oxigénio é uma substancia altamente reactiva, que tem uma capacidade enorme de reagir com outras substancias - daí vem o nome oxidação - já ficamos com uma ideia da dificuldade de manter um nível tão elevado deste na atmosfera.

A resposabilidade de tal crueldade (para os anaerobios)  foram as cianobacterias. Altamente adaptaveis, crescem quase em qualquer lado e em qualquer condição, eram tal como os restantes seres vivos seus contemporaneos, anaerobias. Mas o produto metabólico final do seu processo energético era um tóxico fatal para quase todos os outros seres vivos da altura, o nosso oxigénio. Mesmo eliminando um produto tóxico e tendo uma capacidade adaptativa tão boa, demoraram milhões de anos a mudar a atmosfera. Mas ganharam uma batalha colossal. Os organismos com quem elas competiam na altura são os antepassados do que consideramos hoje os extremófilos - seres vivos que vivem, aos olhos da ecologia actual, em situações extremas. Na altura era a regra.

As próprias plantas, por um processo de endosimbiose, adquiriram a capacidade de usar a luz do sol para produzir energia das cianobacterias. Os cloroplastos são originados de cianobacterias que começaram a viver dentro das células das plantas. De resto as cianobacterias ainda hoje gostam de viver em associações com outros seres vivos.

São responsáveis por 20 a 30% do oxigénio atmosférico mesmo nos dias de hoje onde as plantas e outras algas assumem o seu papel no ciclo do Oxigénio, por isso, com alguma liberdade diria que somos também simbioticos com elas.

O oxigénio, que nós usamos para queimar combustiveis e para respirar não tem uma fonte infinita. É aqui produzido e consumido. Para deslocar o ponto de equilibriu em que ele se encontra basta queimar demais ou destruir os organismos que são fulcrais na sua renovação. E nós parecemos estar a fazer as duas coisas. Convém salientar mais uma vez que por si só, o oxigénio não é muito estável. Aliás, se não fosse essa tendência que tem para reagir com outros elementos ele não teria sido por sua vez o responsável pela alteração da superfície terrestre.

Eu sei que as alterações no equilibrio ciclo do oxigénio não são aquelas que mais têm relevância nos problemas ambientais. A alteração do ponto de equilíbrio de outro ciclo,  o do dióxido de carbono, que parece ainda nem sequer foi atingida é que está a alterar as condições de vida na terra. Mas nós não vamos demorar milhões de anos a alterar a sua concentração. Ja o estamos a fazer desde a revolução industrial. E ao contrário das cianobactérias, que mudaram a atmosfera só pelos seus números, nós além de sermos muitos ( e eu desejo que possamos ser de facto muitos), também estamos a produzir CO2 com as nossas máquinas.

Estamos a produzir CO2 a nivel industrial. Mas para nossa desgraça, ao contrário do que aconteceu às cianobacterias, isso não é muito conveniente. Elas acabaram com a competição dos anaerobios estritos, tornaram-se imprescindiveis para uma série de seres vivos. Mas as alterações que se prevê virem da alteração do ciclo de carbono, o qual nós produzimos mais 80% do que aquele que é consumido, têm impacto negativo forte na maior parte dos seres vivos que formam o ecossistema do qual nós dependemos.

Eu acho que o episódio das cianobactérias é interessante, pois permitiu a nossa existência e não só, mas também por isso, é um episódio que pode mostrar como a vida na terra é dependente de ciclos, pontos de equilíbrio e não de uma fonte externa de recursos infindável.

Por nota final, gostava ainda de referir que há pontos de equilíbrio que dependem de outros. O CO2 é capaz de acidificar os oceanos. Mas não é preciso que estes cheguem mesmo a ficar ácidos para que aconteçam problemas graves. Qualquer pessoa que tenha tentado manter corais vivos artificialmente num aquário sabe que estes, por exemplo, vivem apenas numa faixa muito estreita de valores de PH, temperatura, luminosidade e densidade. E os recifes de coral são a maior reserva de biodiversidade à face da terra. E falo dos corais para dar um exemplo.

Há coisas que parece que são infinitas, não pensamos sequer que possam estar em causa. O mar parece enorme mas toda a agua é apenas 0,1% da massa terrestre. Na melhor das hipóteses e contando que haja agua dissolvida muito abaixo da crosta. A Terra é um planeta pequeno mesmo para o nosso sistema solar. Tudo o que cá há é em pouca quantidade e a espécie humana quase cobre já toda a superfície. Há humanos em todo o lado. E se queremos que continue assim, temos de fazer escolhas. E perguntas para pensar. Certo que o que eu estou a dizer é que mundaças sempre ouve. Mas a questão é se é esta a mudança que queremos. Ja que a estamos a fazer, convém ter a certeza:

Queremos um mundo mais quente?

E de onde vem o oxigénio?


Figuras: A primeira, mais acima, é a Terra à noite. Os pontos de luz são de origem humana. Achei que era ilustrativo tanto da nossa capacidade de alterar o planeta como da nossa elevada população e distribuição pelo mundo. Mesmo se os pontos fossem algas a produzir CO2 ja era qualquer coisa.

A segunda e ultima, cianobacterias ao miscroscópio. Yep. É por causa delas que ca estamos. Senão tinhamos de passar o dia bem quietinhos a fermentar qualquer coisa. Não podiamos queimar glicose para viver. Nem tinhamos oxigènio nem tinhamos glicose.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quem terà razâo?

Escrevi aqui há uns tempos que os cientistas do clima acreditavam que o aquecimento global era real e antropogénico, e que as outras pessoas acreditavam numa série de outras coisas. Mas que percentagem dos cientistas climaticos é que defende que o aquecimento global é antropogénico?

Um estudo recente publicado na PNAS diz que são cerca de 97a 98%.

Mas não são só a maioria. Diz o mesmo estudo que são tambem os mais proeminentes.


Via "Discutindo Ecologia": http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2010/07/podemos_confiar_ou_nao_na_cien.php