Tenho escrito sobre evidência individual não reprodutivel como sendo a forma mais fraca de prova que se pode produzir. Essa é a afirmação da ciência. O processo cientifico gira muito mais à volta da reprodução independente dos factos e do esmiuçar das experiencias.
Em tribunal legal, a necessidade de se produzirem resultados e proferirem sentenças, levou a que o testemunho ocular ganhasse uma importância enorme. Felizmente a ciência está tambem a entrar pelos tribunais dentro e estamos num periodo em que já existe ciência mas os velhos hábitos ainda estão presentes.
Dos 239 casos de "culpados" investigados pelo "Innocence Project" desde 1990, a grande maioria - 73% - vieram a revelar-se afinal inocentes, após provas com DNA (1). Desses 73% erradamente condenados por testemunas oculares, 1/3 tinham o envolvimento de 2 ou mais testemunhos. É francamente assustador.
O testemunho individual irreprodutivel e sem provas fisicas falha. Muito. E as consequencias são gravissimas.
O "Innocence Project" é uma organisação afiliada da Benjamin Cardoso School of Law da Universidade de Yeshiva, em Yeshiva EUA.
Benjamin Cardoso é descendente de Judeus Portugueses que fugiram durante a inquisição(2). Actualmente é um advogado muito reconhecido nos EUA e associado do Supremo Tribunal de Justiça
(1)http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=do-the-eyes-have-it
(2)http://en.wikipedia.org/wiki/Benjamin_N._Cardozo
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