sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Relativismo cultural


quem acredite que a realidade muda com as nossas crenças. É um argumento frequente a favor das medicinas alternativas e tradicionais. É que não podem ser avaliadas pela ciência ocidental porque pertencem a um conjunto completamente diferentes de crenças. "É outra filosofia". Esta é a versão forte do relativismo cultural. É tudo tão relativo que só pode ser avaliado de acordo com o que cada um acredita. Ao fim e ao cabo, o que é a verdade? Será a minha a mesma que a tua? Certo?

2 comentários:

Barba Rija disse...

Acho que confundes o Relativismo com o Solipsismo. É uma confusão frequente e compreensível. Quando falamos em "relativistas", fala-se daqueles que fumam haxixe enquanto dizem que tá tudo sebem e que acham que a vida é aquilo que um quer fazer dela. O mundo no entanto, não permite estas inocências e ingenuidades da mente.

Mas isto nada tem a ver com o Relativismo, que é apenas a observação de que coisas como "A verdade Objectiva" é uma ilusão, que tudo é directamente influenciado pelo subjectivo, que as palavras têm história e que cada silogismo usa axiomas que se referem a outros silogismos, e este processo é infinito e não suficiente (Godel). O Relativismo surge assim como um aviso, uma crítica à possibilidade de abusos da "razão", que pode-se convencer de muitas coisas quando em facto, nada daquilo era verdade.

O maior e melhor dos Relativistas era, provavelmente, Nietzche. E Nietzche não era parvo nenhum, era genial.

João disse...

Barba:

Não, o relativismo, que eu critico é o que tu dizes mas levado a extremos.

Segundo o relativismo mais forte, que existe, tu não podes saber nada porque tudo é absolutamente relativo ao observador.

Relativismo moderado, uma forma fraca, é incontornavel.

Mas seguindo Godel, ha coisas que nós podemos saber, na realidade o problema será com as que não sabemos que não podemos saber e a confusão com as que podemos saber mas nunca poderemos provar (existencia de DEus?)

Ou seja, relativismo sim, relativismo fundamentalista não.

Isso foi um dos objectos das guerras das ciencias.