As teorias da física clássica eram tão boas a descrever o mundo, que os poucos problemas conhecidos - que deram origem à suposta existência do Éter - estavam quase esquecidos. Mas apenas quase.
Newton, conseguiu encontrar explicação para como o mundo observado se comportava. E com as suas teorias, podiam-se fazer previsões com um rigor que antes não eram possíveis. A que distancia vai cair uma bala de canhão, onde vão estar Vénus e Mercúrio quarta-feira à tarde, e porque é que os corpos caiem todos com a mesma velocidade. (Sim, os mais pesados, tirando outros factores, caiem à mesma velocidade que os mais leves. Porque é mais difícil pô-los a mexer, afinal são mais pesados. Dar o exemplo da pena não vale senão eu contraponho com um avião).
Mas uma grande anomalia surgiu quando se mediu a velocidade da Luz. Esta era a mesma em qualquer direcção que fosse medida, para qualquer velocidade da fonte e para qualquer velocidade do observador. Ou seja, se eu for a 120 Km/h na autoestrada e medir em relação a mim a velocidade de outro carro que vai a 100Km/h, a medição vai dar 20Km/hora. Que é a velocidade que esse carro tem em relação a mim. Por isso, é possível dar um pulo dentro do comboio e este não passar a toda a velocidade debaixo dos nossos pés. Porque seguimos à mesma velocidade. Agora acontece, que se se tratar da luz, o resultado é sempre o mesmo. Indo contra a fonte luminosa, perpendicular ou na mesma direcção. E as teorias clássicas da física não tinham explicação para esta anomalia que aparecia medição após medição, verificada n vezes por vários cientistas.
Foi então que apareceu em cena Albert Einstein que resolveu o problema de uma maneira muito simples.
Nota:
Esta é o primeiro de três "posts"sobre a Teoria da Relatividade que servem também como prologo para uma futura entrada sobre o Tempo (ainda estou a pensar nisso...). A continuação esta sob a etiqueta "Teoria da relatividade" abaixo. Segue então com a Teoria da Relatividade Restrita e termina com a Teoria da Relatividade Geral.
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