O numero de mortes (por habitante) e a extensão das guerras tem estado a diminuir. Não temos números precisos para toda a história humana, como os apresentados no gráfico anterior, mas os dados que temos sugerem que isto é uma tendencia que vem desde a pré-história. Não obstante, alguns autores notam que o numero de países em guerra segue uma significativa tendencia oposta (2 países por numero de conflito para começar), mas isso acontece porque o numero de países no mundo tem aumentado muito (cerca de 50 durante a era soviética para mais de 150 hoje). Estes mesmo autores notam que normalizando esse aspecto, a tendência crescente desparece. Eles consideram que isso não deixa de ser preocupante porque o numero de conflitos parece aumentar também. Isso pode ser porque de facto não só há mais países no mundo como há cada vez mais pessoas e destes novos países muitos têm conflitos internos por resolver. Porque, e eles próprios admitem, a extensão e gravidade das guerras, apesar de tudo, é menor. Voltando ao principio, de um modo geral, como podemos confirmar no gráfico acima, o numero de mortes por habitante devido a guerras, é muito menor. O numero de guerras entre estados também é menor, como se pode confirmar no gráfico abaixo. Neste gráfico podemos também confirmar que o problema são os conflitos dentro dos próprios estados.
Fonte aqui.
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Uma causa apontada, é a expansão da democracia. Países democráticos têm menos tendência a entrar em guerras:
Immanuell Kant, o super-filósofo, tinha apontado a democracia como um dos factores para a paz, mas os dados que o confirmam cientificamente só agora estão a consolidar essa hipótese.
A democracia é uma forma de legitimar o poder, (resolvendo no processo conflitos internos de uma forma não violenta) e de dar voz às pessoas. E as pessoas em geral, ao que parece, estão pouco interessada em guerras. A guerra é muito mais uma decisão de homens, com o poder de mobilizar exércitos, que uma decisão de povos (que muitas vezes se vêem envolvidos para sua própria desgraça - e em nome da pátria!).
Como exemplo (e não como argumento - esse fica para os grandes números de uma demonstração de amizade entre povos cujos lideres trocam ofensas frequentes (e de notar que um deles não é uma democracia completa) sugiro que se visite esta página chamada "Israel ama o Irão". Desejo-lhes imenso sucesso e vejo boas razões que tal aconteça. Afinal, é bem provável que a maioria dos Iranianos e Israelitas prefiram a paz a morrer por parvoíces escritas em livros antigos, é preciso é que se possam exprimir e ganhar massa critica.
Seja como for, o que interessa aqui reter, repito, é que em termos globais a democracia leva a paz. Mesmo se por ventura aparecer um ou outro exemplo de excepção.
A democracia tem muitos defeitos. Mas tem muitas mais e melhores qualidades. Um bocado como a própria ciência. Ambas têm muitos problemas mas não há melhor e dão bons resultados em muitas coisas.
Por isso quando ouço sugestões anti-democráticas, desde pedidos de golpes de estado a elogios à autocracia, fico sempre um bocado preocupado. A história mostra que o totalitarismo acontece, não é uma fantasia. E mata.
De facto, o totalitarismo é responsável pelas maiores atrocidades desde os príncipios da história até Mao, Estaline e Hitler. E já agora, a propósito deste trio, de notar que não é a ausência de religião o problema, já que Hitler avançava um discurso pró-religioso e agia em conformidade. Não dizendo que a religião predispõe para guerras (embora seja responsável diretamente por uma fatia generosa) no minimo podemos dizer que não é um fator que as diminua.
A democracia sim, é um desses factores. Claro que a correlação com a paz é notória, como seria de esperar. Já sabemos que a violencia está a diminuir e que a democracia também se está a estender a mais nações, por isso o gráfico acima surge como esperado. Fonte.
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