domingo, 3 de outubro de 2010

Protectores de cartilagem são apenas placebos.

Por mais gliscosamina ou condroitina que nós  tomemos isso não vai fortalecer/regenerar mais as nossas cartilagens.

Tal como esperado, um meta estudo recente mostra que a importância destes populares tratamentos não vale mais que o valor placebo associado. O estudo vem da medicina humana, mas a popularidade destas moléculas em medicina veterinária é igualmente elevada.  E creio que as conclusões devem ser extensíveis. Não há assim tanta diferença no metabolismo entre nós e os cães.

Estas moléculas são os tijolos de construção do tecido cartilaginoso.  Mas não é por dar mais que aquilo vai dar origem a tecidos cartilagineos funcionais. De facto a maioria das substancias essenciais que nós ingerimos tem uma valor máximo que é benéfico, e que a partir do qual não há vantagens. Isso é verdade por exemplo para minerais e vitaminas que continuam igualmente a ser  "marketizadas" em cocktails para "aumentar as defesas", "fortalecer o  sistema imunitário" , etc.

A regeneração dos tecidos é um processo complexo que requer mais (muito mais)  que matéria prima para ser bem sucedido. A arquitectura normal dos tecidos não nasce de um excesso de matéria prima.  Ingerir condroitina e glicosamino glicanos é um pouco  como comer cérebros para se ficar mais inteligente.
                                                                                                              
Penso que a conclusão é  clara. Para ja não faz sentido investir nestas moleculas para tratamentos quase sempre cronicos. Devemos evitar gastar dinheiro em inutilidades e aplica-lo onde faz mesmo diferença. Por muito inofensivas que sejam estas moléculas. Que são.

Via "Neurologica" do Steven Novella: http://theness.com/neurologicablog/?p=2324


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