Por mais gliscosamina ou condroitina que nós tomemos isso não vai fortalecer/regenerar mais as nossas cartilagens.
Tal como esperado, um meta estudo recente mostra que a importância destes populares tratamentos não vale mais que o valor placebo associado. O estudo vem da medicina humana, mas a popularidade destas moléculas em medicina veterinária é igualmente elevada. E creio que as conclusões devem ser extensíveis. Não há assim tanta diferença no metabolismo entre nós e os cães.
Estas moléculas são os tijolos de construção do tecido cartilaginoso. Mas não é por dar mais que aquilo vai dar origem a tecidos cartilagineos funcionais. De facto a maioria das substancias essenciais que nós ingerimos tem uma valor máximo que é benéfico, e que a partir do qual não há vantagens. Isso é verdade por exemplo para minerais e vitaminas que continuam igualmente a ser "marketizadas" em cocktails para "aumentar as defesas", "fortalecer o sistema imunitário" , etc.
A regeneração dos tecidos é um processo complexo que requer mais (muito mais) que matéria prima para ser bem sucedido. A arquitectura normal dos tecidos não nasce de um excesso de matéria prima. Ingerir condroitina e glicosamino glicanos é um pouco como comer cérebros para se ficar mais inteligente.
Penso que a conclusão é clara. Para ja não faz sentido investir nestas moleculas para tratamentos quase sempre cronicos. Devemos evitar gastar dinheiro em inutilidades e aplica-lo onde faz mesmo diferença. Por muito inofensivas que sejam estas moléculas. Que são.
Sem comentários:
Enviar um comentário