Um comentador, anteontem, no post “criticando o criacionísmo num blogue chamado Darwinísmo” (1) confunde o que são pressupostos com factos e teorias. Por isso confunde evolucionismo com fé. E criacionismo com ciência.
Os pressupostos da ciência são os princípios em que esta precisa de assentar para se conseguir os factos e depois as teorias. São os princípios de funcionamento.
Os pressupostos da ciência são os princípios em que esta precisa de assentar para se conseguir os factos e depois as teorias. São os princípios de funcionamento.
Estes principios são os mesmo em toda a ciência. E são opostos de ter uma teoria a proteger e depois ter de escolher de entre os factos aqueles que nos servem. A ordem é diferente. E o resultado está à vista. A ciência evolui com o surgir de novos dados e o criacionísmo não. Mantém-se um fóssil cognitivo.
Mas pensei que estava claro. Espero que agora a diferença já esteja bem explicita.
Mas pensei que estava claro. Espero que agora a diferença já esteja bem explicita.
Notas:
O cartoon é de John Trevor e foi publicado no Albuquerque Jornal 1998. A minha fonte foi secundária, foi o blogue Lusodinos.
38 comentários:
Já só cai quem quer, João.
"Os pressupostos da ciência são os princípios em que esta precisa de assentar para se conseguir os factos e depois as teorias."
A "ciência" exclui logo certas possibilidades a partida. Antes de ir analisar os factos já sabe que conclusões não podem ser consideradas. Só é enganado pelas tuas palavras bonitas quem for ingénuo.
Quais são essas possibilidades que exclui?
...coisas cujos efeitos são não são observaveis...
Algo a mudar em breve.
Perdão, queria dizer
"entidades cujos efeitos não são observaveis e não são necessárias para explicar os factos conhecidos."
.
Pedro,
"Quais são essas possibilidades que exclui?"
Criação ex nihilo. A única conclusão possível está logo excluída a partida. Era como se eu te pedisse para explicares como os computadores apareceram e excluísse a hipótese de ter sido criada pelo homem. A única opção válida e lógica já estaria excluída a priori. É o que acontece com a ciência que trata das nossas origens. Já começa enviezada.
O ábaco é percursor do computador.
Pascal que criou a primeira calculadora para ajudar o seu pai.
Babbage tentou criar um computador.
Jacquard criou um computador que usava cartões perfurados, para máquinas de tear.
Alan Turing criou um modelo de máquina abstracta, que permitiu a origem dos computadores modernos.
ENIAC foi o primeiro computador electrónico. Foi criado na Universidade de Pensilvânia.
Em Física Experimental na FCUL criei circuito e usei osciladores. Portanto, tenho uma ideia de como são construídos um computador. Com paciência podemos construir um computador.
No sentido que dás, então também exclui astrologia do mesmo modo. Posso colocar como hipótese a criação ex nihilo (literalmente: "criação do nada"). Mas não será a única hipótese. Para provar que houve uma criação ex nihilo, convém que seja verdade. E se a tua analogia é correcta, então o criador deve ser como um homem, com cérebro, mãos e sensores, já que é com eles que criamos coisas - caso contrário, ou estás a ser selectivo, ou o argumento é falacioso. Os computadores não são criações ex nihilo - usa-se matéria já existente, para fabricá-los. A não ser que queiras dizer que são criados do nada, a analogia é falsa.
Agora vê o cartoon do artigo. Se realmente tens problemas com a limitação de possibilidades, deves ter em conta hipóteses para além da criação ex nihilo. E se queres fazê-lo cientificamente, vais fazê-lo com o rigor do método científico. E senso-comum não é método científico.
A priori, o método científico exclui a criação ex nihilo? Porquê?
Sabino,
Não estou a ver que a ciencia tenha uma particular implicação com isso. Sabes o que havia antes do Big Bang segundo a teoria? A resposta é: não havia. Ou melhor, é simplesmente não.
O que a ciencia não faz é postular que isto aconteceu assim ou assado. Tenta-se chegar lá devagarinho, observação em observação, hipotese em hipotese, etc.
O problema de fenomenos, factos ou entidades pré-determinadas não é com a ciencia.
Pedro,
"E se a tua analogia é correcta, então o criador deve ser como um homem, com cérebro, mãos e sensores, já que é com eles que criamos coisas - caso contrário, ou estás a ser selectivo, ou o argumento é falacioso."
Sim, nós precisamos de mãos para criar coisas. Não quer dizer que o mesmo se aplique a Deus. Até porque Deus é Espírito.
"A priori, o método científico exclui a criação ex nihilo? Porquê?"
Porque não foge à corrente naturalista.
O teu 1º parágrafo é interessante porque mostra-nos que coisas criadas necessitam de alguém que as crie. Mas quando chega à criação das entidades do tempo, espaço e matéria, já se foge ao senso comum e diz-se que as coisas surgiram espontaneamente.
João,
"Sabes o que havia antes do Big Bang segundo a teoria? A resposta é: não havia. Ou melhor, é simplesmente não."
Eu sei o que havia antes do Big Bang. Tu só não sabes porque estás de mãos dadas com filosofias naturalistas e materialistas.
Já agora, o que deu origem ao Big Bang? De onde veio a energia que causou a expansão inicial? De onde apareceu o ponto infinitesimal que explodiu?
Ao falar na origem do universo teremos sempre de chegar a um ponto em que a metafísica entra em cena. Religião por religião é preferível ficar com uma que nos leve a algum lado.
Tanta confusão que anda pelas cabecitas do "macaco nu"... como diria Desmond Morris.
Não gosto de me repetir, mas o ónus da prova pertence aos criacionistas e não aos evolucionistas.
Aconselho a leitura da parábola do "bule celeste" de Bertrand Russel.
O criacionismo pode servir para explicar muita coisa, mas não o misturem com a Paleontologia, a Geologia, a Biologia, a Embriologia...estas últimas são Ciência;
" A evolução está de tal forma confirmada que refutá-la seria como largar uma bola cinquenta vezes para testar a teoria da gravidade. Teríamos a mesma probabilidade de ver a bola subir na quinquagésima vez que a largásse-mos como de encontrar indicíos fortes que contraríem o evolucionismo."
Como diria J. B. S Haldane aos jornalistas: "querem provas contra o evolucionismo?...simples: encontrem fósseis de coelhos em estratos do câmbrico...
A evolução é um facto.PONTO!
"Já agora, o que deu origem ao Big Bang? De onde veio a energia que causou a expansão inicial? De onde apareceu o ponto infinitesimal que explodiu?"
É uma questão interessantissima sem duvida. Não percebo porque queres que abondonemos a procura de respostas e aceitemos dogmaticamente que ja sabemos tudo o que ha para saber.
Enquanto for possivel encontrar explicações do funcionamento do universo suportada por observações do universo porque parar?
Lourenço:
A verdade é essa Lourenço. A evolução, no estado em que as coisas estão já se pode chamar facto. As observações são esmagadoras na sua confirmação. A teoria acrecenta sobretudo o como se deu essa evolução. E a teoria evoluiu a um ponto em que Darwin nem sonhava.
Marcos Sabino, estás a cometer o erro que está escrito no artigo.
Eu assumi a seu argumento como válido e apliquei-o aos criadores. Ora, os computadores foram criados por humanos. Existe um processo histórico com determinadas características para a invenção do computador. Tal como existem determinadas características nos humanos que permitem a fabricação de computadores (nota: a lista que escrevi não é um argumento, pois não é um conjunto de premissas com uma conclusão). Se somos como os computadores, o que leva a concluir que somos criados, então os nossos criadores são como nós, pelo mesmo tipo de argumento.
Procura estudar o que é necessário em cada criador para criar e generaliza. Humanos também criam máquinas para criar, com processadores, sensores e mecanismos para manipular e moldar matéria.
Veja bem o cartoon. A ideia de Deus já precedia o teu argumento, e simplesmente quiseste arranjar um meio de encaixá-lo. É pelos mesmos motivos que dizes gostar da lista, mas não das conclusões que se tira dela seguindo a analogia dos computadores e humanos. Volto a notar que simplesmente apliquei o seu argumento.
Marcos Sabino: ... «já se foge ao senso comum» ...
Eu, num comentário anterior: ... «senso-comum não é método científico.»
Eu: «A priori, o método científico exclui a criação ex nihilo? Porquê?»
Marcos Sabino: «Porque não foge à corrente naturalista.»
Não respondeste às minhas duas questões. Já que disseste que Deus é espírito, vou responder à questões, mas aplicadas à existência de espíritos, em vez de criação ex nihilo. O método científico não exclui a existência de espíritos a priori. Nos finais dos anos IXX e princípios dos anos XX, havia muita actividade espírita na Europa. A comunidade científica quis verificar a veracidade dos casos e por isso oferecia uma grande quantia de dinheiro a quem provasse que aqueles fenómenos eram mesmo de espíritos. Houdini disfarçava-se e procurava refutar os que canditavam-se à fortuna, revelando os truques. A questão é que a existência de espíritos foi investigada cientificamente havendo um meio de testá-la. Eram observados fenómenos a ocorrerem. Havia a hipótese de serem realizados por espíritos. Testou-se a hipótese. Se existem espíritos, é possível provar cientificamente que existem. Se alguém disser que um espírito cria coisas, move objectos e escreve na parede, podemos testar o que disse.
Se já percebeste as questões, podes respondê-las?
Correcção: «Nos finais dos anos IXX» -> «Nos finais do século XIX»
Pedro,
"Se somos como os computadores, o que leva a concluir que somos criados, então os nossos criadores são como nós, pelo mesmo tipo de argumento."
Deus não criou apenas os seres humanos. Criou também a entidade do tempo. Criou o espaço. Criou a matéria. Nenhum criador está sujeito às propriedades da sua criação. Como tal, Deus não pode estar sujeito ao tempo, como nós estamos, caso contrário não seria Deus, por definição.
Quem cria um telemóvel não está sujeito à matéria que o compõe. Não está sujeito ao espaço que ele ocupa. Não começa a existir a partir do momento em que o telemóvel começa a existir. O mesmo serve para qualquer criação. Deus criou o tempo, está para além do tempo. Deus criou o espaço, está para além do espaço. Deus criou a matéria, está para além da matéria.
"Se existem espíritos, é possível provar cientificamente que existem. Se alguém disser que um espírito cria coisas, move objectos e escreve na parede, podemos testar o que disse."
Tu estás a assumir que TUDO pode ser provado cientificamente, quando não é verdade. Como provas, cientificamente falando, que aquilo que os nazis fizeram nos campos de concentração foi errado? Como provas, cientificamente falando, que a Santa Inquisição foi um acto bárbaro? Como provas, cientificamente falando, que a tua camisa é mais bonita que a minha?
O método científico não serve para provar TUDO.
Que questões fiquei por responder?
Marcos Sabino, então conclui-se que o teu argumento inicial é inválido. Se fosse válido, seria aplicado para outros casos. Ao invés disso, exploras o non sequitur, para além de cometeres uma contradição. E assim tens a oportunidade de afastar-te do teu raciocínio inicial, para esquecê-lo. Removo os comentários no blog quando isso acontece. Mas vou dar uma resposta.
Como o cartoon, já tens a conclusão e estás agora a apoiá-la. Não é por definires algo, que passas a poder justificar a existência de algo. Nas analogias que fizemos, estávamos a fundamentar-nos com o que observamos: computadores e seres humanos. Daí fizemos generalizações. Mesmo o tempo é observado: é uma sequência de acontecimentos. Portanto, vamos supor que um Deus cria algo - isso é um acontecimento. Agora suponha que esse algo moveu-se - outro acontecimento. O segundo acontecimento é posterior ao primeiro. É impossível fazer seja o que for, como criar algo, fora do tempo. No momento em que existe um acontecimento, existe tempo. Se um Deus não está sujeito ao tempo, não pode criar seja o que for, pela definição de tempo. Se admites que o que dizes não é uma prova científica, então não tem a ver com o artigo que comentas.
Eu não assumi que tudo pode ser provado cientificamente. Tu apresentaste casos normativos, e eu dei um exemplo descritivo. O exemplo que dei era meramente para perceberes as duas questões que coloquei - é irrelevante se concordas ou não com exemplo para as responderes. Se é uma prova científica, deves explicar-nos como podíamos fazer um teste de falseabilidade.
Afinal de contas, a criação ex nihilo é excluída pelo método científico a priori? Quer seja um sim, um não, porquê?
Sabino,
A criação a partir do nada à superficie do planeta terra é, tanto quanto sei, não suportada pela ciencia. Desde que do nada seja literalmente do nada, uma vez que se pode teoricamente obter matéria a partir de energia. Penso que existem estudos especulativos sobre a ausencia de espaço e tempo e a sua consequencia sobre aparecimento expontaneo de seja o que for nessas condições. Nomeadamente de algo como se fosse uma pressão negativa.
A criação a partir do nada no momento inicial do universo é outra coisa. Tanto quanto sei a resposta da ciencia não é abrangivel pelo senso comum, porque o que diz é que antes do instante original nem nada havia. Nunca existiu um antes do momento original porque não existia tempo.
Como muitas outras questões a resposta à tua questão não é sim ou não. É mais um "espera, temos de ver de que é que estamos a falar..."
A ciencia explica coisas Sabino, até podes dizer que o universo é como é porque Deus assim o quis. A ciencia procura explicar então como é esse universo que Deus quis.
"Como provas, cientificamente falando, que aquilo que os nazis fizeram nos campos de concentração foi errado?"
Nem vou tentar. E depois? Isso quer dizer que o teu criacionismo esta correcto?
off-topic
João, pelos vistos estás mais informado sobre o assunto do que eu. Gostava de ver um artigo sobre o tempo, repondendo ao seguinte, se estiveres vontade e disponibilidade para isso.
Intuitivamente, parece-me que faz mais sentido o tempo ser infinito nos dois sentidos - assim, simplesmente não se faz a mínima ideia do que havia antes do Big Bang. Mas, desde que não se diga que acontece algo fora do tempo, não encontro uma contradição. Dizer que algo aconteceu fora do tempo, é como dizer que não houve um momento para esse acontecimento - por outras palavras, nunca aconteceu. Assim a origem do tempo seria o primeiro acontecimento.
Pedro:
Quem defende o que eu escrevi é o Stephen Hawking.
Sei que o que tu dizes não é asneira. A informação não vem desde antes do Big Bang mas nem todos os fisicos dizem que o tempo começou ali. Dizem é que não importa.
Mas procura instanton hawking no google. É uma criação do nada.
Sobre o Tempo? Irk! So se for uma abordagem simples.
Ainda por cima ha livros fixes sobre o assunto. Tipo a breve história do espaço e do tempo.
Não te sei dizer muito mais.
Pelo que percebo a singularidade representa a matéria e energia num unico ponto. Isso representaria, pela teoria da relatividade que o tempo e o espaço tambem lá estão condensados.
"Penso que existem estudos especulativos sobre a ausencia de espaço e tempo e a sua consequencia sobre aparecimento expontaneo de seja o que for nessas condições"
Estive à procura de onde eu poderia ter lido isto e não encontro nada. Se calhar fiz confusão.
De qualquer modo se houver espaço, há energia e particulas - ver constante cosmologica e vacuum energy e dark mater.
Sobre o tempo, refiria-me à sua possível origem, para ter uma ideia de onde vêm as hipóteses. Pelo que percebi o instanton requer tempo.
Uns comentários que o Mats enviou para o meu blog são interessantes para entender o comentário do Sabino: 1, 2.
Na Ciência os pressupostos são uma ferramenta, que são usados de forma pragmática. Por exemplo, presume-se que o modo como as coisas, no abstracto, funcionam num determinado lugar e numa determinada altura, aplicam-se em qualquer lugar e em qualquer momento. A isso chamamos de leis universais. Isso leva a que tenhamos expectativas quando passamos a estar num lugar ou num tempo onde nunca estivemos. Por exemplo, para viajar para a Lua pela primeira vez, houve necessidade de preparação com pressupostos baseados no planeta onde vivemos. Como existem expectativas, elas podem ser testadas. Esperava-se que na lua uma bola de aço e uma pena caíssem com a mesma aceleração (e velocidades). É assim que entendo a frase que Sabino comentou. Mas ele associa a palavra "pressupostos" como significando a exclusão de certas possibilidades à partida, negando outras mesmo à posteriori, sem qualquer sentido pragmático e céptico - oposto de um Dr. House.
sim, Pedro, os pressupostos são os principios de funcionamento. Tal como procurar incessantemente novas evidencias para estudar.
JOão,
aquilo que tu chamas de "ciência" (naturalismo) assume à partida coisas que não podem ser comprovadas. Por exemplo, como é que sabemos que todos os fenómenos que alguma vez aconteceram na história do universo tem uma explicação "natural" (seja lá o que isso fôr)?
Como é que falsificamos a crença que tudo tem uma explicação "natural"? Se não se pode falsificar, será essa posiçao ciência?
Se espíritos não são naturais, eu dei um exemplo que o Sabino rejeitou. Ele respondeu-me com: "Tu estás a assumir que TUDO pode ser provado cientificamente, quando não é verdade". Se quiseres responder às questões que coloquei ao Sabino, que se recusou a responder, então faça esse favor:
* «Quais são essas possibilidades que [a ciência] exclui?»
* «A priori, o método científico exclui a criação ex nihilo? Porquê?»
"como é que sabemos que todos os fenómenos que alguma vez aconteceram na história do universo tem uma explicação "natural" (seja lá o que isso fôr)?"
A questáo não é essa. a questão é, como é que sabemos que têm explicação. Não sabemos. Vamos explicando.
João,
"como é que sabemos que todos os fenómenos que alguma vez aconteceram na história do universo tem uma explicação "natural" (seja lá o que isso fôr)?"
A questáo não é essa. a questão é, como é que sabemos que têm explicação. Não sabemos. Vamos explicando."
Então... tu não excluis que certos eventos podem ter causas que vão para além das forças da natureza tal como as conhecêmos?
OU será que sempre que alguém diz que um evento sobrenatural aconteceu, tu pensas "Bah! Que ideotice. Deve haver uma explicação "natural" para o tal evento"?
"Então... tu não excluis que certos eventos podem ter causas que vão para além das forças da natureza tal como as conhecêmos?
OU será que sempre que alguém diz que um evento sobrenatural aconteceu, tu pensas "Bah! Que ideotice. Deve haver uma explicação "natural" para o tal evento"?"
A resposta à primeira pergunta é sim, podem existir forças para alem das que nos conhecemos. Embora eventos que as denunciem estejam em falta. Acho pouco provavel.
A resposta à segunda questão é se um determinado evento ocorre então ele é tão natural como outro qualquer. Se me estas a perguntar se alguem diz que presenciou um fenomeno que contraria a ciencia actual e se eu acredito? Depende. Qual o rigor das observações? Qual o rigor da metodologia? Pode ser repetido? Que aspectos de que teorias viola? Se acredito que ha fenomenos que so podem ser observados por "eleitos"? Não, isso é treta. É abusar da credulidade alheia.
E se eu te dissesse que Jesus me disse que o Criacionismo difamava a ordem de Deus, acreditavas?
"Então... tu não excluis que certos eventos podem ter causas que vão para além das forças da natureza tal como as conhecêmos?
OU será que sempre que alguém diz que um evento sobrenatural aconteceu, tu pensas "Bah! Que ideotice. Deve haver uma explicação "natural" para o tal evento"?"
A resposta à primeira pergunta é sim, podem existir forças para alem das que nos conhecemos. Embora eventos que as denunciem estejam em falta. Acho pouco provavel.
Muito bem. Ainda bem que assumes que eventos sobrenaturais podem de factos acontecer. Se eles acontecessem, que tipo de evidências aceitarias em seu suporte?
"A resposta à segunda questão é se um determinado evento ocorre então ele é tão natural como outro qualquer."
Ah, então e questão não é "sobrenatural ou natural" mas "real ou falso" ? Eu concordo em parte.
O problem é que Deus intervém no mundo natural. Se isso acontece, tu considerarias isso um evento "natural"?
"Se me estas a perguntar se alguem diz que presenciou um fenomeno que contraria a ciencia actual e se eu acredito? Depende. Qual o rigor das observações? Qual o rigor da metodologia? Pode ser repetido? Que aspectos de que teorias viola? Se acredito que ha fenomenos que so podem ser observados por "eleitos"? Não, isso é treta. É abusar da credulidade alheia."
Vamos usar a mesma lógica para a crença da evolução do dinossauro para pássaro.
Qual o rigor das observações?
Qual o rigor da metodologia?
Pode ser repetido?
Que aspectos de que teorias viola?
Não é "abusar da credibilidade alheia" acreditar e usar o dinheiro público para ensinar um evento que nunca foi visto por ninguém? OU será que quando toca à evolução já não é preciso vêr para crêr?
"Ainda bem que assumes que eventos sobrenaturais podem de factos acontecer"
Não Mats, não disse nada disso. E tu sabes.
"Ah, então e questão não é "sobrenatural ou natural" mas "real ou falso" ? Eu concordo em parte.
O problem é que Deus intervém no mundo natural. Se isso acontece, tu considerarias isso um evento "natural"?"
Esta questão tambem, ja foi respondida. Eventos observaveis, factos, são sempre de importancia para a ciencia. Chama-lhe o que quiseres, Naturalismo, materialismo, Ciencia. O problema é que a intervenção de Deus no mundo material não se pode provar.
"Vamos usar a mesma lógica para a crença da evolução do dinossauro para pássaro.
Qual o rigor das observações?
Qual o rigor da metodologia?
Pode ser repetido?
Que aspectos de que teorias viola?"
A teoria da evolução é das teorias cientificas mais provadas que existe. A evolução é praticamente um facto em si propria. As observações são rigorosas e muitas analises tem rigor matematico. Não viola nenhum aspecto de nenhuma teoria. Pelo contrário.
"Não é "abusar da credibilidade alheia" acreditar e usar o dinheiro público para ensinar um evento que nunca foi visto por ninguém? OU será que quando toca à evolução já não é preciso vêr para crêr?"
Não Mats, (e é credulidade alheia), é importante ensinar ciencia àos alunos desde cedo.
Também ninguem viu os electroes, ou os neutroes, ou o interior do Sol e no entanto existem outros factos e fenomenos observaveis que nos permitem estabelecer teorias racionais que depois são testadas e nos dizem coisas sobre estas entidades.
Não é a teoria da evolução que explica fenomenos ou entidades cujos efeitos não são observaveis e que não faz previsões falseaveis.
"Eventos observaveis, factos, são sempre de importancia para a ciencia."
Alguém observou a evolução do dinossauro para áve? O facto de nunca tal coisa ter sido observada, faz dela o quê?
"Chama-lhe o que quiseres, Naturalismo, materialismo, Ciencia. O problema é que a intervenção de Deus no mundo material não se pode provar."
1. Como é que tu sabes que a intervenção de Deus no mundo material não se pode provar?
2. O que é que entendes por "provar"?
"Vamos usar a mesma lógica para a crença da evolução do dinossauro para pássaro.
Qual o rigor das observações?
Qual o rigor da metodologia?
Pode ser repetido?
Que aspectos de que teorias viola?"
A teoria da evolução é das teorias cientificas mais provadas que existe. A evolução é praticamente um facto em si propria. As observações são rigorosas e muitas analises tem rigor matematico. Não viola nenhum aspecto de nenhuma teoria. Pelo contrário."
Fiquei na mesma. Fizeste anuncios mas não deste resposta às minhas perguntas.
"Não é "abusar da credibilidade alheia" acreditar e usar o dinheiro público para ensinar um evento que nunca foi visto por ninguém? OU será que quando toca à evolução já não é preciso vêr para crêr?"
Não Mats, (e é credulidade alheia), é importante ensinar ciencia àos alunos desde cedo."
Repito: não é um abuso ensinar às crianças crenças que nunca foram empiricamente observadas? Ou alguém já observou a transformação de um dinossauro para áve?
Portanto, Criação e a evolução do dinossauro são duas coisas que nunca foram observadas. O que é que te faz pensar que uma é falsa e a outra não? Se uma pode ser considerada "ciência", porque não a outra?
Vais acabar por dizer "a ciência só aceita causas 'naturais'". Com isso confirmas aquilo que o Sabino disse: tu tens uma crença à priori, e ela chama-se "naturalismo". Nós cristãos temos uma crença à priori, e ela chama-se "fé na Palavra de Deus".
O que é que faz a tua fé superior à minha fé?
"Também ninguem viu os electroes, ou os neutroes, ou o interior do Sol e no entanto existem outros factos e fenomenos observaveis que nos permitem estabelecer teorias racionais que depois são testadas e nos dizem coisas sobre estas entidades."
O mesmo sobre a criação e sobre o sobrenatural.
"Não é a teoria da evolução que explica fenomenos ou entidades cujos efeitos não são observaveis e que não faz previsões falseaveis."
Ai não? Tens a certeza? O que fazer em relação à crença que diz que animais terrestes "evoluiram" para baleias? Como é que se falsifica essa crença? Alguém alguma vez viu isso a acontecer? Qual é a entidade "natural" capaz de transformar um réptil numa áve? Alguém viu isso? Quem? Quando? Como? Etc, etc..
A conclusão óbvia é que a tua fé é tão religiosa como a do criacionista. A diferença é de que a fé cristã é confirmada com as observações, enquanto a fé ateísta não é.
Mats,
Escusas de andar ai às voltas que não chegas a lado nenhum. Os factos existem, sobre eles são feitas teorias.
A ciencia explica fenomenos. Por isso sabemos da existencia de entidades que não conseguimos ver com os olhos. Como protôes, moleculas, buracos negros... Porque são nesseçarias para explicar tudo o que se conhece. Isso e outras coisas já te foram explicadas varias vezes.
Em ciencia as entidades não devem ser replicadas para alem do necessário. Não se tenta explicar com duendes aquilo que é simplesmente explicado sem eles. Até haver evidencia do contrário, eles não são ciencia. E por ai fora.
Mas se tu não gostas da ciencia, ou do modo como ela funciona ao menos tem a coragem de abdicar dela.
E não é uma fé, porque quando as evidencias mudam, mudam as teorias. Não ha suporte cientifico para o criacionismo.
"Mas se tu não gostas da ciencia, ou do modo como ela funciona ao menos tem a coragem de abdicar dela."
Eu gosto da ciência. Ela é uma excelente forma de aprender mais sobre as leis que operam no universo de Deus fêz.
Atacar a teoria da evolução não é "atacar a ciência", tal como já disse várias vezes.
Te indiquei para receber um selos.
Caso você já o tenha ganhado ou não participa desse movimento, considere-o como uma indicação de qualidade do seu blog.
http://curiofisica.blogspot.com/2009/02/selos.html
Diego Galeano
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http://curiofisica.com.br
João,
o Mats escreveu sobre os comentários no seu blog. Diz que na Arqueologia não se usa um laboratório, contradizendo os documentários que assisto sobre Arqueologia e artigos sobre Arqueologia. Existem laboratórios de Arqueologia.
* Archaeology Laboratory
* TABELA DE EQUIVALÊNCIAS ARQUEOLOGIA
* Olinda recebe 1º laboratório municipal de Arqueologia do País
* Methods of Archaeological Science
* Scientific Method and Archaeology
* Introduction to Archaeology
* Bad Archaeology
João está correcto em dizer que a ciência é a mesma, tanto no artigo como nos comentários. O Mats tem de mostrar exactamente como funcionam as áreas científicas que diz diferir do método científico, que inclui testes e a propriedade de refutabilidade, com dados provenientes dos cientistas que estudam essas áreas. E deve colocar links para os artigos e comentários que responde.
Gostaria de convidart-e a participar de uma promoção que jogamos na blogosfera.
http://curiofisica.com.br/promocao-curiofisica/
Abraços
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